Sou várias, de outros mundos
A descobrir a maresia do tempo
Desse outro amanhecer
Dessa outra ciência
Aqui, reitero a solidão
Espalhando o vinho tinto
Nos ossos, na carne.
* * *
O piscar reflete a íris que me encara
E em seu brilho não temo
Os ventos vindos de outros mares
Mas acolho o céu livre
Quadro-negro profundo
Onde estrelas rabiscam o infinito
(Poemas de Marcela Cividanes)
CÔNICO COLAR
Cônico Colar
de Plástico — para
o Bichano, um Estraga-
-Prazeres — como
que a Anular
o — Não pequeno —
Potencial enquanto Lixa
(Septuagésimo Sétimo
Grão) da Língua Gatal
que vive a deixar, de
Tanto Poli-la, uma
sua Informe Chaga, ou Ferida,
em (Felina) Carne Viva
PARES DE OLHOS MÍOPES
Pares de Olhos Míopes (com algum
Grau d’Astigmatismo) nos Lances
de uma Catarática Escadaria cujos
Degraus e Corrimãos em Glaucos
Matizes e, — quiçá Matosos —, Tons
(Poemas de Fabrício Slaviero)
SEM GRIFOS
Piso aturdido a grafia
alinhada e sem grifos
ou espaços em branco
linha reta que me habita
adentro trilha estreita
desalinhada no tempo
desconfiguro-me e renovo
ao atalho atrevo-me a atritos
Em roto asfalto e cascalho
tempo mede o tempo e detona-se
passado e futuro conectam-se
por cones de luz invertidos
O presente é efêmero
inútil lamentar
o tempo lateja
no teclado da esfera
(Poema de Maria Alice de Vasconcelos)
DERRADEIRO
Descrente daquelas coisas desajeitadas,
ainda refém de amolecidos princípios
crias de um quando não desencantado,
____________________ sucumbi...
Tombado sobre recanto malsinado,
devorador de meus passos exauridos
sobram franjas de mim alquebradas,
_____________________zumbridas...
(Poema de Celso Vegro)
domingo, 13 de fevereiro de 2011
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