sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

SARAU DO LABORATÓRIO (XVII)

NÉVOA-NADA

quando vi a sombra de teu rosto, meu corpo em flecha arqueou à possibilidade do outro e se lançou no abismo de um encontro. num átimo de chegar ao toque, a possibilidade mostrou-se névoa e eu inifinitava profundezas com a imagem ainda do sorriso extinto.

- ENTRE

habitante de uma terra alicerçada por abismos, caminho a passos incertos de amanhã: cada passo pode parir uma morte. guiado pela vertigem, ergo ruínas que caibam meus pés, compassadamente. o caminho nasce no entre-do-pé-com-o-nada.

(Dois poemas em prosa breves do Diogo.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário