terça-feira, 26 de outubro de 2010

SARAU DO LABORATÓRIO (XXVIII)

CROSTA

Pedras sem valor
tremeluzem.

Das cantarias catedráticas
ecoam sons cavos,
desferidos
pelas precipitadas picaretadas
que as exumaram.

TECIDO

Corvos serpenteiam
por entre toalhas.
E se fossem répteis
siameses,
sobre lençóis
seus rastros,
formariam mosaicos.

* * *

Lagartas líquidas
escorregam pelo tronco
fumarento,
da Tipuana debruçada
sobre a larga avenida,
naufragada em veículos.

* * *

Sarabanda de muros,
refrega rebocos e caiações.

Já os oiteiros,
seus sentinelas,
não atentam
ao tamanquear desses paredões.

(Poemas de Celso Vegro)

2 comentários:

  1. Caro Professor e irmão de traço,


    Vagando nessas tantas ruas virtuais, encontrei tua porta aberta – e entrei. Devo anunciar-me como um desses que diz "Oi, de casa! Trago aqui em minhas mãos a chave para dias melhores: escrevo e vendo livros!". Assim, venho te convidar para visitar o meu blog e conhecer as sinopses de meus romances e a forma de adquiri-los. Três deles estão disponíveis inclusive para serem baixados “de grátis”, em formato PDF.


    Um grande abraço literário,


    João Bosco Maia

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  2. Prezado prof. Claudio Daniel
    Na Casa das Rosas ontem (26/10) alguns dos seus alunos me perguntaram quando seriam postadas as poesias apresentadas. Disse eu: brevemente. Cá agora estão.
    Grato.

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