quarta-feira, 15 de setembro de 2010

SARAU DO LABORATÓRIO (XXIV)

THE SOUL KEEPER

No vórtice
varrendo as horas
do fundo do poço
um abismo sem dono
disfarça o escuro,
descasca dos muros
os musgos
que crescem ao roer da alma.

A dor disseca profunda,
bisturi de pulsantes vertigens.

O amor:
estende-se, (entende-se)
aprende-se (enlaça)
vasculha e decepa
o fundo do oco bolor.

A mão que erige, molda
a vida
a argila
a pulsar
subterrânea
(no fundo vazio dos vórtices da alma).

(Poema de Francesca Cricelli)

Um comentário:

  1. Que legal ver meu poema aqui Claudio, adorei! Suas aulas sao fantásticas! Esta é a mesma poesia que gravei em audio, está em meu blog.
    Um abraço!!!

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