xaxará, o corpo de vime
xaxará, o peso da palha
xaxará, um rebento Kinlê
e a pele a pele a pele
pelando no fogo de Oyá
amarga nas ervas de Ewê
arranca as feridas, pai
ki pembê ki pembê ki pembê
as ramas viçosas
ventosas calcâneo
os ísquios soltando nos banhos
o dendê o dendê o dendê
atotô, Obaluaê
a goma do azê a areia o milho
a lisura delgada do velho menino
Kinlê na-se-cura no Arê
guerreiro nupê
Xapanã desveste
a palha a palha a palha
vestido desfeito Kinlê é rebento andando o mundo
Atotô!
(Poema de Silvia Nogueira - Ventre de silêncios velhos)
Nenhum comentário:
Postar um comentário