terça-feira, 18 de outubro de 2016




punhado de linhas emaranhadas
negro retinto da noite

nós entrelaçados no corpo
quebra-cabeça do tempo

vidraça perpendicular
silhueta em lua crescente

enflorescer de lavanda
universo em devaneios

muro áspero, sombra vagando
cacos agudos de garrafa

escoa o sangue pelas pernas
ponta de palavras alinhavadas

transpõe frases sem nexos
reflexo em janela fechada

Poema de Yara Darin

Nenhum comentário:

Postar um comentário