
geração de chumbo
corpos de lama
oprimidos em cada célula
lâmina de foice
fios de faca afiados
chibata de sete nós
democracia do medo
olhar latifundiário
fortuito sabiá-do-campo
terra vermelha sovada
lavradores sem teto
útero fecundo à semente
estrelas da eternidade
aos olhos do camponês
tudo parece alegoria
pés carcomidos
cicatrizes que sangram
morrer é nada
o nada persiste.
Poema de Yara Darin
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