domingo, 16 de dezembro de 2012





















Inferno?
                                 Quando das constipações intestinais

Purgatório?                    Onde os laxativos óleos de rícino


Céu ou                         Onde os privativos vasos sanitários

Paraíso?                         Quando das evacuações fecais


(Poema de Fabrício Slaviero)

Nítido















Erógeno
Fosforescência tátil
Curvas que queimam
Anelo dolente
Dá a sentir
Vertigem dionisíaca
Traz à tona
Àgua vulcânica
Pulsante
Caminho trêmulo
(...) Libérrimo e vital


(Poema de Shirleide Valença de Lima)


Eco
















Diário lacrado

Mundo outro
Abismo estelar

Oculta-se a voz
De estrondo furtivo
Morada
Do indelével

(Poema de Shirleide Valença de Lima)


Foto - crédito: Nasa 



sábado, 15 de dezembro de 2012

















O pranto de ATLAS
naufragou a railway
do comboio indigente.
Suas escolopêndricas milpatas,
ubíquas e alegóricas,
deambulam sonâmbulas
para reandar esgueiradas,
sob mil e uma espalhafatosas 
desutilidades deandantes.

(Poema de Celso Vegro)




















Posso, ainda que não queira
com um martelo cabo de cabriúva
pregar fendidos ou estrelados
e em bitolas quaisquer
os parafusos

O que são estes afinal
se não pregos com fenda e
com sulco em espiral?

Mas não

posso, ainda quando queira
com uma chave de fenda cabo acrílico
parafusar acéfalos ou cabeçudos
e em quaisquer bitolas
os pregos

Afinal o que são estes
se não parafusos sem sulco, e
espero não se ofendam,

sem fenda?

(Poema de Fabrício Slaviero)