terça-feira, 17 de novembro de 2009

SARAU DO LABORATÓRIO (XI)

CIRANDA-ESCARAVELHO

I

Saúva noite
eriçada de estrelas
em sua cíclope íris diadorim
alveja arqueira o que for
desembocadura de nós
no rasgar das máscaras em destilação.

Em instrumento de sopro
ela me sola e improvisa
verbena,verbena,verbena
tua turmalina
ora verde
ora negra

espessa e acre
ressoa em mergulhos
mantra solares
revoada de cascatas
ao arpejo do bandolim
que me escava

II

Teu corpo
lona verde ainda
origami de minha malícia
vou e volto
eterno retorno
deste agora
na colisão dos sons
para cada lado
cores dos sábados em fuga
Dança perdida que emerge
ao beijo deste redemoinho

Esferas que uma a uma
do bilhar de olhares
minha e tua
candeeiro de mil igrejas
adentram pelos cantos da memória

(Poema de Victor Brum Calaça)

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