I- rastro à deriva 
navega nos ventos 
do mediterrâneo e calcário
II- verde azul clareia
epiderme, fios, escama
III- falésias rasgam oceano
salgando o tempo 
de gosto SARDO
IV- brusco impulso na pedra
matéria
de textura imprecisa
dessemelhante curvatura
V- dedos perfuram faces 
epidérmica corrosão 
onde farelos de magnésio pintam
movimentos
VI- músculos tencionam na
ferocidade da fratura
delineando o caminho
técnico-lírico-dramático 
VII- o flagelo é êxtase nos ossos
da nuca,
no antebraço, nas entranhas 
VIII- entre resvalos, fendas,
arestas, 
a música mais intensa é o corpo
IX- aderido em forma de granito,
calcário ou solidificação de magma
tornando-se ROCHA
X- e de cima, no cume, cheiros se
misturam, o sol ofusca
o invisível se imagina e o
silêncio cura.  
(Poema e foto de Marcela Cividanes Gallic)
 

Prezada Marcela
ResponderExcluirBelo poema...lindas imagens e combinações inusitadas. Quem já escalou sente um flagelo na nuca.
Abçs
Celso Vegro
Eu juro que sonhei com isso...
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