terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Sonoro Deserto Berbere Envelhece em Círculo














sonora-nos  deserto fabuloso
uma vez sentido
pela primeira vez,
os costumes
panoramizam túmidos

000
somos dois desertos a irrigar o deserto

000

sonoro deserto berbere
envelhece círculo
laços  de sangue
real ou fictício
regido por tribo
apinhada em celeiro
centrípeta batuta
geometriza
pirâmide túmulo
tua voz marabuto



000

iludir, regras de areia, este amor
temos vários contos a revelar o canto
como o poeta Lucius Apuleius
desejoso em plasmar-se nele
_ o poema_
e repetir e repetir deserto afora
sonora oratória

000

ofereço a você o meu íntimo
numa volta completa ao redor do sol
vozes do século II  vão e vêm, do amor,
regidas
sob a batuta de um baobá,

000
sonoro deserto berbere
osso quadrado rejuvenesce;
tua boca savana fecunda
lua mito montanha

oásis de entranha; miragem.

(Poema de Maria Célia Abila)

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