quarta-feira, 30 de novembro de 2016

















Noturna, a letra é chama, cinza e névoa.
Língua-enigma em ofídica metáfora.

O leitor, meu igual, perfume hipócrita.
Balouçar de jardim suspenso a página.

O súbito, um sensível esqueleto.
Lupanares as pedras ametistas.

Tão sob a mira prenhe dos obuses,
o olho lê, se sabendo a arco-íris.


Um poema de Guilherme Delgado

Nenhum comentário:

Postar um comentário