quarta-feira, 2 de novembro de 2016

RÃS


















arrastos que a erosão destrói
lapso de tempo em púrpura
suculentas bromélias
derramam o mel extirpado
sapos em céu de estrelas
aleatórias sementes de cabala
mastigadas em saibo de sal
anestesiam linguas
onde magnólias vadiam
predadores abatem girinos
quartzo de azul citrino
fincam além das artérias
fluídos gélidos de sangue
enquanto serpentes desvestidas
escondem-se em turvas águas

Poema de Yara Darin

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